quarta-feira, 10 de julho de 2013

Projeto do SESC Uberaba culmina com aula passeio no CEA Sítio da Pedreira


O dia 21 de junho marca o solstício de Inverno, a noite mais longa do ano e o início da estação fria no hemisfério sul. A partir daí, acentua-se a estação seca no Cerrado. Mas, diferente do que caracteriza a estação, uma chuvinha boa caiu uns dias antes, deixou a vegetação bem verde e as árvores floridas mais cedo.
Organizado pela coordenadora de projetos, Ana Paula Bonizário, o SESC Uberaba promoveu, no dia 21 de junho, uma aula passeio dos alunos da Escola Estadual Professor Chaves ao CEA Sítio da Pedreira. A aula aconteceu porque os alunos do 1º ano do Ensino Médio redigiram um texto sobre o Consumismo, dez redações foram selecionadas e os autores presenteados com a aula passeio. Para se juntar ao grupo, mais dois participantes foram sorteados. Assim, 12 alunos, a professora Irany e a coordenadora do projeto, Ana Paula, passaram um dia no Sítio da Pedreira.
No Sítio, o dia amanheceu lindo! As seriemas receberam os visitantes com muita cantoria e a pitangueira do refeitório florida, como a dizer a todos: sejam bem vindos!
A aula passeio teve tudo o que o projeto de educação ambiental do CEA Sítio da Pedreira oferece aos seus visitantes: informação, história, bom humor, participação, debates, observação, vivência, comida farta e saudável, aprendizagem e lazer. A conservação da natureza, do solo, da água, a preservação da biodiversidade e atitudes progressistas diante da vida e do meio ambiente estão no cerne das atividades desenvolvidas no Sítio da Pedreira.
No fim do dia, depois de cada aluno preparar um vasinho com salsa para levar para casa, e após uma gostosa salada de frutas, a turma entrou na cachoeira e, como se costuma dizer, lavou a alma e relaxou as tensões nas águas frias do pequeno curso d’água que cruza o Sítio.
O CEA Sítio da Pedreira está sempre de braços abertos para turmas como essa.
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quinta-feira, 4 de julho de 2013

As minhocas, o solo, o ambiente e a vida

 

Minhocultura: redução de resíduos orgânicos e educação ambiental

Renato Muniz Barretto de Carvalho

A necessidade de mudarmos nossas atitudes em relação ao meio ambiente exige, cada vez mais, criatividade, conhecimento e praticidade. Se cada um puder fazer sua parte e se existirem mobilização coletiva e políticas públicas adequadas, os ganhos ambientais e sociais serão significativos.

Um dos grandes problemas da atualidade é resolver o que fazer com os resíduos sólidos, também chamados de lixo. Nas empresas, de todos os setores (indústria, comércio, serviços e rural), já existe a obrigação de se dar uma destinação adequada aos resíduos produzidos. Quanto aos resíduos mais complexos, incluindo alguns que nem deveriam ser mais utilizados, além de outros de grande toxidade, já se fala em logística reversa, ou seja, quem produz e vende tem a obrigação de recolher, reutilizar ou reciclar e descartar com nenhum ou com mínimo impacto. É o caso das pilhas, das baterias, das lâmpadas e do e-lixo (lixo eletrônico).

Nas residências, desde que se tomem alguns cuidados básicos com medicamentos, produtos de limpeza e o óleo de cozinha, os resíduos não oferecem grandes dificuldades de descarte. Ocorre que o processo de recolhimento, culturalmente consagrado ao longo da história do Brasil, acostumou uma boa parcela da sociedade a ter seus resíduos recolhidos diária ou semanalmente por caminhões e levados aos aterros, que, no passado, eram conhecidos por “lixões”.

Nas últimas décadas, os aterros ficaram saturados e apresentaram uma gama imensa de problemas sociais e ambientais. Dentre os problemas sociais, destaca-se o fato de ainda existirem pessoas, inclusive crianças, vivendo do lixo, numa cadeia informal e perversa que compreende as empresas recolhedoras, os atravessadores e compradores dos recicláveis, os catadores ou recicladores (a nomenclatura tem variado dependendo das atividades e da região), e os mais miseráveis, que dependem do lixo até para sua alimentação.

Embora resistam em muitos municípios brasileiros, os “lixões” foram proibidos e estão sendo substituídos por aterros sanitários ou aterros controlados. Estes são cercados, recebem uma manta impermeável para impedir que o chorume infiltre e contamine o lençol freático, e devem apresentar estudos de impacto ambiental, estudos de viabilidade e segurança. Entretanto, muitos ocupam áreas nobres, desperdiçam solos agricultáveis e ainda apresentam o risco de alguns danos ao ambiente, sem falar na quantidade de combustível e de horas de serviço necessários nos processos de recolhimento.

Por esses e outros motivos, muitas administrações municipais devem, daqui para frente, implementar, ou reajustar, algum tipo de taxa pelo recolhimento e acondicionamento do lixo. O que se espera no futuro é a completa eliminação dos aterros, quem sabe do próprio “lixo”..

Em inúmeros países já é comum o cidadão se responsabilizar pelos resíduos que gera, resolvendo, através de recipientes instalados em logradouros públicos adaptados aos diferentes tipos de resíduos – vidro, papel, plástico, etc. –, o destino adequado e o encaminhamento à reciclagem.

Resta decidir o que fazer com os resíduos orgânicos. A dificuldade reside no fato de serem rapidamente degradáveis, ocasionarem mau cheiro e atraírem vetores de várias doenças, como moscas, ratos, baratas, etc. Representam cerca de 50% dos resíduos gerados numa residência comum.

Soluções caras e que demandam recursos, como energia elétrica, precisam ser repensadas no momento de decidir o que fazer com os resíduos produzidos. O princípio da simplicidade e o baixo custo devem ser prioritários na tomada de decisões. Cabe ao poder público, em última instância, resolver o problema, dando uma destinação satisfatória aos resíduos, estimular e colocar à disposição da população os meios necessários à resolução do problema. Se a responsabilidade é do poder público, isso não exime o cidadão de também buscar soluções para resolver uma questão que afeta toda a sociedade.

Dentro deste entendimento, uma solução bastante eficaz e simples é a vermicompostagem ou minhocultura. Trata-se de colocar as minhocas para resolverem o problema dos resíduos orgânicos.

O sistema é baseado na criação de minhocas em caixas de diferentes tamanhos, de acordo com as necessidades de cada um, sejam individuais, de um casal ou de grupos maiores. Podem ser usadas em residências ou em escolas, em empresas e em outros ambientes. O processo, bem conduzido, não ocasiona mau cheiro, não produz ruídos, não exige grande esforço físico e nem demanda muito tempo para os serviços de manutenção. Requer cerca de cinco a dez minutos diários de dedicação e a observação de certos cuidados, pois se tratam de seres vivos.

Ainda há muito descaso, preconceito e desconhecimento em relação ao processo. Mas é preciso discutir mais, abrir a mente, repensar nossas práticas e conceitos. A minhocultura pode ser uma boa solução para a questão dos resíduos sólidos orgânicos. Pode ser também uma outra forma de se olhar o ambiente, a vida e nós próprios.  

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terça-feira, 2 de julho de 2013

Colégio União no CEA Sítio da Pedreira

Alunos, professores, a coordenadora pedagógica e o diretor do Colégio União, de Conceição das Alagoas (MG), visitaram o Sítio da Pedreira no mês de junho. Foi uma visita muito agradável e de excelente resultado enquanto passeio e aprendizagem.

A turma chegou bem cedo e já entrou no clima do Sítio. Após um café da manhã reforçado, foram logo conhecer as instalações do CEA: a biblioteca, o mini museu, e o funcionamento do tanque biosséptico. Depois, fizeram um alongamento e partiram bastante animados para a Trilha da Pedreira. O ponto alto da manhã foi o passeio na Trilha. Observadores atentos que são, viram como se extrai o látex da seringueira, conheceram árvores diversas, como a aroeira, a lixeira, a copaíba, a faveira e outras espécies típicas da nossa região. Observaram insetos, as aranhas e suas teias, as rochas e as diferenças do microclima na mata e fora dela. Também trocaram ideias sobre a importância das raízes das árvores e da preservação da cobertura de folhas secas para a proteção do solo.

O almoço foi um instante de confraternização e descanso. Mas ninguém tinha tempo a perder. Em seguida, a turma foi até o quiosque das goiabeiras e o setor de solos para identificar rochas e confirmar, por meio de experiências simples e participativas, a importância da cobertura vegetal para a vida e a saúde do solo. Conheceram o trabalho das minhocas na transformação da matéria orgânica em húmus e encantaram-se com esses importantes bichinhos.

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Para finalizar o dia, foram conhecer e alimentar os cavalos do Sítio. O carinho, a curiosidade e a atenção de todos demonstram a excelente qualidade do ensino praticado no Colégio União e seu compromisso na formação dos jovens.

O CEA Sítio da Pedreira aguarda novas visitas desta turma tão animada e interessada nas coisas da natureza!

 

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